Sublime Estrela
Quando o sol, do sono se espreguiça,
Raia no negrilho ou no carvalho,
Aurora vem, a natureza atiça
Vendo o aldeão a ir á missa,
Vai lavando a cara no orvalho.
E quando a seguir tudo escurece,
Vem a noite, a noite cálida, fria,
A bola roda e quando amanhece,
Eis a sucessão que nos entristece,
Vem outro, e outro, um novo dia.
E quando á tarde brilha e desce,
Na janela raia e descortina,
Há uma nuvem na minha prece,
Á noite no horizonte aparece,
Finda o fim de tarde, é a neblina.
É assim o astro rei na sua aurora,
Que volta sem pedir seja o que for,
Que vontade, que prazer tem ele agora,
Quente e tão afável ao ir embora,
Finda o dia, pisca o olho que esplendor.
Ao fim de tarde, a prima já espreita,
Feito foi, um pacto real entre os dois,
Um vigia enquanto o outro se deita,
Nunca se juntam na roda perfeita,
Agora na cama um, o outro depois.
Toda a constelação nos acompanha,
Tão harmoniosa, ó mãe natureza,
És cálice de vida que amanha,
Para que cada um de nós assim tenha,
Faculdade p'rã sentir esta beleza.
. ...
. Casa de pedra e barro rui...
. Mulher
. Nenhures
. Tentação